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Algumas das minhas pinturas

quinta-feira, 29 de outubro de 2009



A memória leva-me sempre ao mesmo sitio. Ao sitio onde fiquei.
Estou aqui, num entrelaçar de pensamentos ténues, firmes, mas que não têm explicação, ou se a têm não sou capaz de a encontrar.
Continuo a mesma, serei sempre a mesma, mas com uma adição de sentires que não conhecia, sinto-me cada vez mais forte. Aquele brilhozinho nos olhos com o tempo tornou-se mais tardio e desfocado.
Vivo no meu mundo, um mundo cheio de cores, que podem não ser sempre as mais intensas, mas são as cores da minha vida, as cores que dão sentido ao que sinto, ao que quero ver e o que a custo não queria ver, mas me vi forçada a faze-lo.
Aqui tudo é nítido, e tudo me leva a crer que a vida é um desafio, um desafio que transportamos em cada um de nós, um turbilhão de sentires que nos levam e trazem para os sonhos.
Não deixei de sonhar, não quero, nem o vou fazer. Sonhar é essencial á vida, é aquilo que me mantêm viva.
Há palavras que me fazem recuar no tempo, na minha história, como uma projecção de slides que permanece em mim. De tudo, guardo apenas o que foi bom, o que me fez feliz, o que me fez sorrir, o que me encheu o coração de alegria. Guardo a simplicidade dos momentos que vivi, e no fundo, bem no fundo de mim escondo, dia após dia, as coisas menos positivas, porque essas não me fazem sorrir, nem querer recordar, trazem-me uma espécie de nostalgia retardada que não quero para mim.
Neste lugar só há simplicidade e transparência e é isso que vos quero transmitir. Amo o silêncio, este meu silêncio que é prateado e que quero preservar porque é através dele que todos os que por aqui passam me lêem e sentem…


PORQUE O SILÊNCIO DIZ TANTO DAQUILO QUE SOU